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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Construção: índices contraditórios e esperança nas obras de Infraestrutura

O setor de construção civil brasileiro enfrenta um momento complicado, dados divulgados na revista Valor Setorial - Construção Civil mostram que indicadores relacionados ao setor da Construção têm sido contraditórios. Um exemplo desta contradição é que enquanto a projeção de crescimento dos recursos da poupança destinados ao financiamento habitacional é de 15% ao ano, cidades como Salvador e Belo Horizonte veem as vendas imobiliárias recuarem 5% e 15,89%, respectivamente.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que desde 2010 monitora o nível de confiança da construção, agosto teve índice recorde de pessimismo entre os empresários do setor. As principais queixas foram demanda insuficiente, aumento no custo de matéria-prima e de mão-de-obra. Outro fator que gerou desânimo aos empresários foi fato de terem acreditado que as encomendas decorrentes das concessões seriam realizadas em 2013, o que acabou não acontecendo.
No início deste ano a Fundação Getúlio Vargas havia divulgado um projeção de crescimento de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2013, em agosto esta previsão foi reduzida à metade, 2%.  Mesmo reduzido, o valor do PIB será maior do que o registrado em 2012.
Concessões logísticas – A expectativa agora fica por conta das obras de infraestrutura, que dependem do sucesso das concessões logísticas. De acordo com Mario Humberto Marques, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, em entrevista para a Valor Setorial, o governo planeja passar para a iniciativa privada nove rodovias federais, a construção de 12 ferrovias, os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG), além de R$ 54 bilhões que deverão ser destinados à infraestrutura portuária.
O pacote de concessões anunciado pelo governo em 2012, terá um capítulo importante com o leilão de dois aeroportos, de um trecho ferroviário no Pará e das primeiras rodovias. A estimativa é que as encomendas geradas pelas concessões proporcionem ao setor de construção um crescimento duas vezes maior que PIB nos próximos cinco anos.
Saneamento – A falta de acesso a serviços de saneamento básico ainda é um problema de grande parte da população brasileira.  Para o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, a solução para esse problema está na melhoria da gestão do setor, uma vez que muitas obras estão paralisadas devido a projetos mal elaborados, problemas nas licitações e burocracia nas licenças e desembolsos. 
Equipamentos – A perspectiva da indústria de máquinas e equipamentos de ter em 2013 um desempenho melhor do que em 2012, foi abalada pelos atrasos na execução de obras de infraestrutura. Como as obras não se desenvolvem, os clientes acabam adiando os investimentos, o que compromete as vendas. A compra de equipamentos pelo governo é o que têm ajudado os negócios do setor.
Material de Construção – O setor de materiais de construção vive um bom momento, após registrar um crescimento de 3,7% de janeiro a julho deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, prevê fechar o ano com um índice acima do PIB.  A previsão é que o setor se mantenha aquecido com a vinda de grandes varejistas para o país.
Mão-de-obra – As empresas de construção estão investindo na qualificação da mão-de-obra, oferecendo benefícios e incentivos para os trabalhadores que buscam o aperfeiçoamento. O investimento na qualificação dos trabalhadores reflete na qualidade da obra, no respeito as normas de segurança e na incorporação de ações de sustentabilidade
Fonte: Revista Valor Setorial – Construção Civil

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