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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Em Pequim, metrô aceita garrafa PET como pagamento

Nas poucas cidades brasileiras com metrô, ainda é rotina entrar na fila para comprar a passagem. Em outros países, é mais comum adquiri-la em uma máquina automática. Agora imagine se a máquina aceitasse garrafas PET como forma de pagamento? É o que Pequim vem oferecendo nos últimos meses.

Desde dezembro, o metrô da capital chinesa possui máquinas que dão desconto na passagem a cada garrafa PET inserida. Então é possível andar de graça no metrô? Não exatamente.
A máquina lê o código de barras da garrafa plástica, a fim de identificá-la. (Se você inserir qualquer outra coisa, a máquina cospe para fora.) Depois, ela é amassada a um terço do seu tamanho original, para ser enviada a uma central de processamento.

Então, dependendo da garrafa, o usuário recebe um desconto entre 0,05 e 0,10 yuan (2 a 4 centavos de real) no cartão do metrô. Como a passagem do metrô custa apenas 2 yuan (R$ 0,75), com transferências ilimitadas entre as linhas, é possível andar de graça ao depositar pelo menos 20 garrafas.

Mas não é tão simples quanto parece. Há apenas quatro máquinas que aceitam garrafas PET, localizadas nas estações Jinsong e Shaoyaoju de uma mesma linha de metrô – as outras 225 estações só aceitam dinheiro.

E o processo não é rápido: segundo o Global Times, a máquina às vezes não consegue ler o código de barras da garrafa (para determinar seu valor); quando consegue, ela demora até 30 segundos para amassar a garrafa; e ainda é preciso aguardar até que a máquina se conecte via 3G ao sistema do metrô para conceder o desconto.

Além disso, o valor oferecido pela máquina é metade do que se consegue em centros de reciclagem – e eles são muito comuns na China. Adam Minter, autor do livro Junkyard Planet, diz ao Guardian que trabalhar na reciclagem é a segunda maior profissão na China, e é muito fácil encontrar locais onde vender seu lixo.

Mesmo assim, parece que as máquinas deram certo: a Incom, empresa responsável por elas, diz ao China Daily que foram coletadas mais de 30.000 garrafas entre dezembro e maio deste ano. Um executivo da Incom diz ao Global Times que estas máquinas são apenas a primeira geração, e que serão melhoradas.

E o projeto é promissor: a empresa cogita oferecer outras formas de pagar pelas garrafas, incluindo crédito no Alipay (espécie de PayPal chinês) e desconto em refeitórios. Duas dessas máquinas também foram instaladas no aeroporto internacional de Pequim. No longo prazo, a ideia é levar mais 80 máquinas para universidades, escritórios, shoppings e comunidades.

Fonte: Instituto de Engenharia

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Só 44% dos alunos de engenharia da última década terminaram o curso de Engenharia

Mais de 1,2 milhão entraram no entre 2001 e 2011, diz estudo da CNI. Entre as causas da evasão está a falta de formação básica em matemática.
Apesar de o número de vagas de engenharia nas instituições de ensino superior terem mais que triplicado entre 2001 e 2011, o Brasil não conseguiu, nestes anos, garantir que pelo menos a metade dos estudantes que ocupam essas vagas efetivamente conclua o curso e receba seu diploma de engenheiro. De acordo com estudo divulgado nesta segunda-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a média de evasão nesses cursos na década analisada foi de 55,59%.

No mesmo período, mais de 1,2 milhão de estudantes se matricularam em um curso de graduação em engenharia. A expectativa é que o curso seja feito em cinco anos.

Em 2011, último ano incluído no estudo, 44.761 diplomas foram outorgados a engenheiros recém-formados. Cinco anos antes, porém, 105.101 matrículas foram feitas em cursos de engenharia, o que demonstra uma taxa de evasão de 42,59%, de acordo com a CNI. No total entre 2001 e 2011, 328 mil novos engenheiros entraram no mercado.

Públicas X privadas

Segundo os dados divulgados pela entidade, são as instituições particulares as que mais tiveram dificuldade de combater a evasão dos cursos de engenharia na década analisada. A média de evasão para os dez anos nas graduações pagas é de 62,32%, enquanto nas instituições públicas esse índice cai para 43,41%.

Já nas instituições de elite, onde o vestibular é o mais concorrido, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Militar de Engenharia (IME), o estudo indica que a taxa de abandono é de apenas 5%.

Em nota, a CNI afirmou que, de acordo com o Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, a Ciência e da Tecnologia, a principal causa da evasão é a formação básica ruim dos estudantes em matemática e ciências. No caso das faculdades particulares, outra razão para a desistência é a falta de condições financeiras para custear as matrículas.

Ainda de acordo com a entidade, dos 1.045 cursos de engenharia estudados, 39% receberam conceito 1 ou 2, indicadores considerados insatisfatórios na última edição do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e só 6% tiveram a nota máxima, 5.

Fonte: Instituto de Engenharia


A invenção da Luz engarrafada (Para ler e refletir)

Brasileiro inventor de 'luz engarrafada' tem ideia espalhada pelo mundo














Alfredo Moser poderia ser considerado um Thomas Edison dos dias de hoje, já que sua invenção também está iluminando o mundo.

Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da capital Belo Horizonte, teve o seu próprio momento de 'eureka' quando encontrou a solução para iluminar a própria casa num dia de corte de energia.

Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro.
Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas utilizando a 'luz engarrafada'.

Mas afinal, como a invenção funciona? A reposta é simples: pela refração da luz do sol numa garrafa de dois litros cheia d'água.

"Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor", explica Moser.
Moser protege o nariz e a boca com um pedaço de pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para baixo, ele então encaixa a garrafa cheia d'água.

"Você deve prender as garrafas com cola de resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza, nem uma gota", diz o inventor.
Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta.

A ideia de Moser já é utilizada em mais de 15 países onde energia é escassa "Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts", afirma Moser.

 APAGÕES

A inspiração para a "lâmpada de Moser" veio durante um período de frequentes apagões de energia que o país enfrentou em 2002. "O único lugar que tinha energia eram as fábricas, não as casas das pessoas", relembra.Moser e seus amigos começaram a imaginar como fariam um sinal de alarme, no caso de uma emergência, caso não tivessem fósforos.

O chefe do inventor sugeriu na época utilizar uma garrafa de plástico cheia de água como lente para refletir a luz do sol em um monte de mato seco e assim provocar fogo.A ideia ficou na mente de Moser que então começou a experimentar encher garrafas para fazer pequenos círculos de luz refletida.Não demorou muito para que ele tivesse a ideia da lâmpada. "Eu nunca fiz desenho algum da ideia".Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo", ressalta Moser.

 PELO MUNDO

O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro.
Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia. "Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?", comemora Moser. Carmelinda, a esposa de Moser por 35 anos, diz que o marido sempre foi muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo para construir camas e mesas de madeira de qualidade. Mas parece que ela não é a única que admira o marido inventor. Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação de caridade MyShelter, nas Filipinas, parece ser outro fã.

Moser afirma que a lâmpada funciona melhor se a boca for coberta por fita preta
A instituição MyShelter se especializou em construção alternativa, criando casas sustentáveis feitas de material reciclado, como bambu, pneus e papel.
Para levar à frente um dos projetos do MyShelter, com casas feitas totalmente com material reciclado, Diaz disse ter recebido "quantidades enormes de garrafas".
"Nós enchemos as garrafas com barro para criamos as paredes. Depois enchemos garrafas com água para fazermos as janelas", conta.
"Quando estávamos pensando em mais coisas para o projeto, alguém disse: 'Olha, alguém fez isso no Brasil. Alfredo Moser está colocando garrafas nos telhados'", relembra Diaz.
Seguindo o método de Moser, a entidade MyShelter começou a fazer lâmpadas em junho de 2011. A entidade agora treina pessoas para fazer e instalar as garrafas e assim ganharem uma pequena renda.
Nas Filipinas, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza (de acordo com a ONU, com menos de US$ 1 por dia) e a eletricidade é muito cara, a ideia deu tão certo, que as lâmpadas de Moser foram instaladas em 140 mil casas.
As luzes 'engarrafadas' também chegaram a outros 15 países, dentre eles Índia, Bangladesh, Tanzânia, Argentina e Fiji.
Diaz disse que atualmente pode-se encontrar as lâmadas de Moser e comunidades vivendo em ilhas remotas. "Eles afirmam que eles viram isso (a lâmpada) na casa do vizinho e gostaram da idéia".
Pessoas em áreas pobres também são capazes de produzir alimentos em pequenas hortas hidropônicas, utilizando a luz das garrafas para favorecer o crescimento das plantas.

Diaz estima que pelo menos um milhão de pessoas irão se beneficiar da ideia até o começo do próximo ano.

"Alfredo Moser mudou a vida de um enorme número de pessoas, acredito que para sempre", enfatiza o representante do MyShelter.

"Ganhando ou não o prêmio Nobel, nós queremos que ele saiba que um grande número de pessoas admiram o que ele está fazendo".

Mas será que Moser imagina que sua invenção ganharia tamanho impacto?
"Eu nunca imaginei isso, não", diz Moser emocionado.
"Me dá um calafrio no estômago só de pensar nisso".

Fonte: BBC





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